3 de agosto de 2020

VAGINISMO

Hoje resolvi compartilhar um assunto que acomete algumas mulheres, vou falar sobre o Vaginismo (vale lembrar, que escrevi este post com base em pesquisas que fiz no Google, não sou conhecedor profundo e nem médico para estar falando com muita propriedade, então procurem um médico se for o caso), para começar quero dizer que o Vaginismo é uma dor que a mulher sente na hora da relação sexual, que afeta entre 3% a 5% da população feminina mundial e que muitas vezes é encarada como uma "frescura" da mulher, aonde alguns homens diz frases do tipo "você precisa relaxar", isto além de ser algo tão rude de ser dito é a demonstração de pouco caso de algo que pode ser grave para a mulher.
O Vaginismo é um espasmo muscular involuntário que impede a penetração vaginal, muitas vezes isto ocorre pelo medo e estresse excessivo, gerando dor e desconforto no ato sexual, muitas vezes isto ocorre na primeira vez, sendo causada por um medo irreal de que a penetração possa doer, isto pode tornar doloroso nas relações sexuais futuras, aos realizar exames ginecológicos e até ao inserir um absorvente interno. Quando a mulher tenta inserir o pênis na vagina ou mesmo o absorvente interno ocorre a contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico, isto leva a espasmos musculares generalizados, dor e até interrupção temporária da respiração. O pubiococcígeo é um grupo muscular que é encontrado em ambos os sexos que fica localizado desde o osso púbico até o cóccix, este grupo muscular é responsável pela micção, relações sexuais, orgasmos, movimentos intestinais e pelo parto. A dor pode variar de leve a grave e pode causar diferentes sensações a cada mulher, os fatores de ocorrência do Vaginismo podem ser emocionais, médicos ou ambos e existem vários tipos de Vaginismo que afetam mulheres em diferentes idades.

Vaginismo primário: Ocorre quando a penetração acontece om dor, isto pode ser descoberto quando a mulher vai utilizar o absorvente interno pela primeira vez, ao ter a penetração do pênis ou fazer o exame de Papanicolau pela primeira vez, as razões desta condição são desconhecidas, porém existe alguns fatores, entre eles a Síndrome da Vestibulite Vulvar ou Vulvodinia que também conhecida como uma inflamação denominada como Vaginite Focal, também podem ocorrer por causa de infecções do trato urinário ou infecções fúngicas vaginais, algumas mulheres sofrem de Vaginismo após serem abusadas sexualmente e até mesmo quando podem ter testemunhado ou ter tido conhecimento do abuso sexual de outra mulher, pode ocorrer por medo associada à penetração em relação ao mito do rompimento do hímen na primeira relação sexual, também pode ter reações emocionais negativas diante a estimulação sexual, seja sentir nojo deliberado ou implícito da relação sexual, muitas das vezes a educação muito conservadora (onde o sexo é visto como tabu) pode provocar estas emoções negativas.

Vaginismo secundário: Ocorre quando a mulher anteriormente conseguiu ter a penetração sem dor, porém devido a causas físicas, tais como infecções por fungos, traumas durante o parto, causas psicológicas ou a combinações destas. Em alguns dos casos pode ocorrer na pré-menopausa e na menopausa, geralmente por causa da secura dos tecidos vulvar e vaginal, por causa da redução do estrogênio que resulta em micro-roturas que causam a dor.

Agora vou deixar alguns sintomas ligados ao Vaginismo, para que possam ajudar a reconhecer e assim procurar um médico para procurar tratamentos corretos e eficazes. Mas vale lembrar novamente que estes sintomas variam de pessoa pra pessoa.
  • Dispareunia (relação sexual dolorosa), com sensação de aperto e dor que pode estar queimando ou ardendo;
  • Dificuldade para penetração durante o sexo;
  • Dor sexual a longo prazo com ou sem causa conhecida;
  • Dor durante a inserção de um absorvente interno;
  • Dor durante um exame ginecológico;
  • Espasmo muscular generalizado ou interrupção da respiração durante a tentativa de relação sexual.

Para diagnosticar o vaginismo, o médico terá um histórico médico e fará um exame pélvico, porém o tratamento pode envolver diferentes especialistas, como um urologista, psicólogo ou sexólogo dependendo da causa. Qualquer possível causa que não se manifeste claramente, como uma infecção, é preciso que seja descartada ou tratada primeiro, antes de se concentrar no vaginismo. O objetivo do tratamento será reduzir o aperto automático dos músculos e o medo da dor, e lidar com qualquer outro tipo de medo que possa estar relacionado ao problema, o tratamento geralmente é uma combinação de tratamentos que são:
  • Exercícios de controle do assoalho pélvico: Que consiste em atividades de contração muscular e relaxamento, ou exercícios de Kegel, para melhorar o controle dos músculos do assoalho pélvico;
  • Educação e aconselhamento: Fornecer informações sobre a anatomia sexual e o ciclo de resposta sexual pode ajudar a entender a dor e os processos pelos quais o corpo está passando;
  • Psicoterapia: Isso pode ajudar na identificação, ao expressar e resolver quaisquer fatores emocionais que possam estar contribuindo para o seu vaginismo.
  • Exercícios para redução na sensibilidade à penetração: Consiste em incentivar a tocar a área o mais próximo possível da abertura vaginal todos os dias, sem causar dor, aproximando-se a cada dia. Quando ela for capaz de tocar a área ao redor da vagina, ela será encorajada a tocar e abrir os lábios vaginais ou os lábios. O próximo passo será inserir um dedo.
  • Treinamento de inserção ou dilatação: Uma vez que se consegue tocar e inserir um dedo sem dor, a mulher irá aprender a usar um dilatador de silicone ou uma inserção em forma de cone, se ela puder inserir isso sem dor, o próximo passo será deixá-lo por 10 a 15 minutos, para permitir que os músculos se acostumem à pressão, em seguida ela poderá usar uma inserção maior e depois poderá ensinar o seu parceiro a aplicar a inserção;

Assim que a mulher se sentir confortável com isso, ela poderá permitir que seu parceiro coloque o pênis perto da vagina, mas não dentro dela. Quando ela está completamente confortável com isso, o casal conseguirá tentar o intercurso novamente. Eles podem querer construir gradualmente para isso, como com a inserção. O tempo que leva para o Vaginismo ser tratado com sucesso dependerá de cada mulher, porém é muito raro precise de uma cirurgia para resolver o Vaginismo. Depois que lerem este post procurem um médico ou um especialista para que eles falem melhor sobre este tema, pois eu não sou nenhum dos dois, sou só curioso e gosto de compartilhar sobre assuntos que podem ajudar o próximo.

Um comentário:

  1. Não tinha conhecimento dessa doença. Aplausos por você esclarecer esse tema tão importante não só para as mulheres como para os homens.

    Bom fim de semana!

    OBS.: O JOVEM JORNALISTA está em quarentena de 22 de julho à 31 de agosto, mas comentarei nos blogs amigos nesse período.

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

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